domingo, 5 de abril de 2009

10:00 – Rita Borges – Credenciamentos de programas de EAD na Educação Superior

Rita Borges é avaliadora do MEC e assessora de implantação de EAD nas instituições.

Inicia sua palestra destacando que EAD não é só aplicação de tecnologia e que o modelo para graduação, não pode ser o mesmo que para a pós-graduação, reproduzidos no que chama de sistema de produção fordista. Ao contrário, diz ela que "EAD é uma política estratégica", para o qual é necessário um Plano de negócios.

Conta que o boom da procura por credenciamento foi há quatro anos e que agora esta procura definiu bastante em função da necessidade de estrutura, de competência técnica para EAD (diferentemente da presencial), de gestão acadêmica e de mantenedores convencidos do modelo de EAD. Aponta o uso dos 20% de atividades online em cursos presenciais como o pontapé inicial para uma instituição pensar em se credenciar na modalidade a distância.

A seguir, Rita apresentou itens observados nos processos de avaliação e supervisão pelo MEC.

Os programas de EAD devem contemplar:

  1. Projeto pedagógico
  2. Recursos materiais
  3. Logística do processo
  4. Formação e capacitação da equipe multidisciplinar em EAD, e não só gestor/coordenador e professor
  5. Desenho do programa, conteúdos programáticos e material didático (não só material impresso e o material o que está na plataforma)
  6. Estratégia e apoio pedagógico de mídias
  7. Gestão tecnológica eficiente (com equipe de apoio ao aluno)
  8. Capacitação de professores autores e tutores
  9. Análise do currículo dos cursos envolvidos no programa (devem ser os mesmos que no curso presencial)
  10. Avaliação de todas as ações desencadeadas nos processos de EAD
  11. Avaliação e procedimentos e seus impactos, ações corretivas. (É preciso ter um planejador na equipe, diferentemente do gestor).

É preciso ter atenção a pontos importantes como:

  1. Material didático – critica o uso unicamente da apostila, sem tutoria
  2. Professor autor
  3. Conteúdo
  4. Tutoria e monitoria – o guia de estudo não é suficiente, não deve ser adotado como único apoio ao aluno
  5. Tecnologia: mídias integradas – material online, aula teletransmitida etc.
  6. Atendimento pela equipe de EAD (administrativa e acadêmica) – logística de atendimento]
  7. Ambiente, estrutura física – pólos não são "salinhas, sem infra-estrutura, quentes"

Indicadores para avaliação (integrados entre si):

  1. Integração ao ensino superior
  2. Identidade da EAD da instituição
  3. Equipe multidisciplinar
  4. Recursos educacionais
  5. Tutoria e comunicação
  6. Infra-estrutura de apoio (sede e pólos)
  7. Avaliação ampla de todo o processo educacional
  8. Convênios e parcerias (para pólos regionais, por exemplo)
  9. Edital e informações aos alunos
  10. Custos de todo o programa

Fatores monitorados na avaliação:

  1. Quantidade e qualidade de consultas e matrículas
  2. Sucesso dos alunos
  3. Satisfação dos altos
  4. Satisfação do corpo docente
  5. Reputação do programa ou da instituição
  6. Qualidade dos materiais do curso (há critérios básicos para avaliar o material)

Marcos referenciais para programas de EAD:

  1. Apoio institucional (não é só ganho econômico, por exemplo. Ex.: Responsabilidade Social)
  2. Desenvolvimento do curso
  3. Processo de Ensino-Aprendizado
  4. Estrutura do curso (estruturas diferentes para cursos diferentes)
  5. Apoio aos professores
  6. Apoio aos alunos
  7. Avaliação sistêmica

Contatos:

rcborges@castelobranco.br

riraborges.amaral@uol.com.br

staffedu@bol.com.br

http://www.staffedu.com.br/

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