Rita Borges é avaliadora do MEC e assessora de implantação de EAD nas instituições.
Inicia sua palestra destacando que EAD não é só aplicação de tecnologia e que o modelo para graduação, não pode ser o mesmo que para a pós-graduação, reproduzidos no que chama de sistema de produção fordista. Ao contrário, diz ela que "EAD é uma política estratégica", para o qual é necessário um Plano de negócios.
Conta que o boom da procura por credenciamento foi há quatro anos e que agora esta procura definiu bastante em função da necessidade de estrutura, de competência técnica para EAD (diferentemente da presencial), de gestão acadêmica e de mantenedores convencidos do modelo de EAD. Aponta o uso dos 20% de atividades online em cursos presenciais como o pontapé inicial para uma instituição pensar em se credenciar na modalidade a distância.
A seguir, Rita apresentou itens observados nos processos de avaliação e supervisão pelo MEC.
Os programas de EAD devem contemplar:
- Projeto pedagógico
- Recursos materiais
- Logística do processo
- Formação e capacitação da equipe multidisciplinar em EAD, e não só gestor/coordenador e professor
- Desenho do programa, conteúdos programáticos e material didático (não só material impresso e o material o que está na plataforma)
- Estratégia e apoio pedagógico de mídias
- Gestão tecnológica eficiente (com equipe de apoio ao aluno)
- Capacitação de professores autores e tutores
- Análise do currículo dos cursos envolvidos no programa (devem ser os mesmos que no curso presencial)
- Avaliação de todas as ações desencadeadas nos processos de EAD
- Avaliação e procedimentos e seus impactos, ações corretivas. (É preciso ter um planejador na equipe, diferentemente do gestor).
É preciso ter atenção a pontos importantes como:
- Material didático – critica o uso unicamente da apostila, sem tutoria
- Professor autor
- Conteúdo
- Tutoria e monitoria – o guia de estudo não é suficiente, não deve ser adotado como único apoio ao aluno
- Tecnologia: mídias integradas – material online, aula teletransmitida etc.
- Atendimento pela equipe de EAD (administrativa e acadêmica) – logística de atendimento]
- Ambiente, estrutura física – pólos não são "salinhas, sem infra-estrutura, quentes"
Indicadores para avaliação (integrados entre si):
- Integração ao ensino superior
- Identidade da EAD da instituição
- Equipe multidisciplinar
- Recursos educacionais
- Tutoria e comunicação
- Infra-estrutura de apoio (sede e pólos)
- Avaliação ampla de todo o processo educacional
- Convênios e parcerias (para pólos regionais, por exemplo)
- Edital e informações aos alunos
- Custos de todo o programa
Fatores monitorados na avaliação:
- Quantidade e qualidade de consultas e matrículas
- Sucesso dos alunos
- Satisfação dos altos
- Satisfação do corpo docente
- Reputação do programa ou da instituição
- Qualidade dos materiais do curso (há critérios básicos para avaliar o material)
Marcos referenciais para programas de EAD:
- Apoio institucional (não é só ganho econômico, por exemplo. Ex.: Responsabilidade Social)
- Desenvolvimento do curso
- Processo de Ensino-Aprendizado
- Estrutura do curso (estruturas diferentes para cursos diferentes)
- Apoio aos professores
- Apoio aos alunos
- Avaliação sistêmica
Contatos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário